Macho que é macho
Uma médica do centro de saúde de Bragança encaminhou para o Ministério Público um caso de violência doméstica de que foi vítima uma jovem grávida e que levou à morte do feto de 28 semanas. A notícia surge a propósito de mais um dia internacional contra a violência doméstica, divulgada por uma médica do Centro de Saúde de Bragança. Tratou-se de "uma agressão física por parte do companheiro, ela nunca deixou transparecer qualquer indicador de maus tratos, apenas de violência psicológica", explicou Fátima Ramos.
Aconteceu então que estavam todos á mesa, ela mais o marido e mais três dos cinco filhos do casal. Palavra puxa palavra, lá por causa da sopa que não sei quê ou da carne que não sei quantos, o facto é que o ‘meu João’, como ela dizia, levantou da mão e mandou-a calar com uma chapada que a estendeu de costas no chão. Os filhos berraram, um deles apanhou também, a comida voou para todo o lado, enfim, uma confusão de se lhe tirar o chapéu. Mas o que a D. Maria guardou de mais importante de todo o episódio, aquilo que chegou a ser enternecedor aos seus olhos, era aquilo que ela agora me contava, de lágrima a escorrer sem parar. O seu filho mais velho, numa atitude que a deslumbrou, impôs-se ao pai enraivecido. “Levantou-se, sr. Rui, agarrou no braço do meu marido e disse-lhe: vocemessê só bate na minha mãe quendo ela merecer, ouviu? Ai, sr. Rui, meu rico menino!!”.