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Sete Vidas Como os gatos

More than meets the eye

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Sete Vidas Como os gatos

03
Dez08

E se alguém lhe oferecer flores... olhe, sei lá, tenha paciência.

Rui Vasco Neto

Já lá vão uns bons anitos desde que escrevi este poema. Cerca de vinte, creio, mais ano menos semana, mais dia menos mês. Recordo-me de o ter escrito por alguém que enfrentava uma profunda crise de desânimo e desalento nos seus dias, naquela altura, dias de tristeza e de infelicidade que eu acompanhei passo a passo, lado a lado, cumprindo não menos que os mínimos que é legítimo esperar de um Amigo. E lembro-me que a crise passou e levou com ela a tristeza e a infelicidade, toda aquela escuridão que não deixava ver o caminho que estava afinal logo ali, mesmo em frente do nariz. Pois mal a névoa se dissipou, na alma, o corpo seguiu viagem sem dificuldade e recuperou a vida que lhe pertencia, com passo seguro. Naturalmente. Porque toda a tristeza tem um fim se a gente quiser. Toda. E a gente só tem é que querer, certo? Certo. 

 

 

Olha minha amiga a vida é boa

calma que a tormenta vai passar

espera pela manhã que o tempo voa

e há sempre um sol

por quem esperar

 

Olha-te no espelho da verdade

pára para pensar, pés bem no chão

força, muita força na vontade

e muita fé nos dias que virão.

 

Pisa com cautela este caminho

vais passar aqui só uma vez

trata cada erro com carinho

está para nascer

quem não os fez

 

Bebe até cair se te conforta

ganha e joga tudo até perder

grita, barafusta e bate a porta

mas não te canses nunca de viver

 

Olha minha amiga eu estou presente

para te dar a mão no que puder

e ao teu lado eu também sigo em frente

tal como tu,

sempre a aprender

 

E se a dor que hoje te magoa

escolher o meu peito para morar

diz-me "olha amigo a vida é boa

tem calma que a tormenta vai passar"

 


(tema original, incluído no CD 'Vidas', 2004, ed. Ovação)

 

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