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Sete Vidas Como os gatos

More than meets the eye

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Sete Vidas Como os gatos

20
Ago08

Nem sequer esperaram, assim não vale!

Rui Vasco Neto

Terá sido um 'trabalhinho 'limpo', como se diz na gíria policial, este que esta manhã ocorreu na A2 tendo como alvo um transporte de dinheiro da Prosegur. O assalto à carrinha de valores aconteceu esta madrugada, cerca das 2h30, ao quilómetro 138, na zona da freguesia de Canhestros, concelho de Ferreira do Alentejo, aproximadamente a 12 quilómetros da estação de serviço de Aljustrel. «Quando os funcionários da Prosegur saíram, colocaram engenhos explosivos na parte traseira e rebentaram com a porta», levando «uma quantia não determinada de dinheiro, só em notas, deixando ficar as moedas, que eram muito pesadas», explicou à Lusa o capitão Pedro Rosa, comandante do destacamento de Beja da Brigada de Trânsito. Segundo este responsável, tratou-se de um trabalho «cirúrgico», que teve de ser executado por «especialistas».

 

O elevado grau de profissionalismo dos executantes surpreendeu de facto toda a gente, não só pela eficácia do assalto propriamente dito, como também pela fuga espectacular que enganou todo o dispositivo policial em questão de poucos minutos, mostrando estarem os assaltantes bem familiarizados com as técnicas operacionais da praxe. «Contávamos que viriam para Sul e montámos o dispositivo policial nessa área, junto das saídas da A2, mas, depois, detectámos que rebentaram com o portão da saída de emergência ao quilómetro 140, atravessaram um viaduto e voltaram a aceder à A2, já no sentido contrário, rebentando com o portão do outro lado», explicou Pedro Rosa; «De qualquer forma, as matrículas dos automóveis devem ser falsas», disse aquele responsável, considerando ser também possível que o grupo, à distância, tivesse «outras viaturas preparadas» e estivessem «mais elementos envolvidos». Esta solução utilizada permitiu-lhes inverter o sentido de marcha, seguindo depois no sentido Sul-Norte. E enganar toda a força policial.

 

Dizem já as más línguas que o ministro Rui Pereira, a braços com este tipo de assaltantes que não só não têm a gentileza de esperar pela chegada dos snipers como ainda fogem com o dinheiro roubado nas barbas da polícia, terá já revisto a sua primeira reacção, compulsiva, que lhe terá saído mal ouviu falar em eficiência operacional. Consta que as suas primeiras palavras foram logo para enviar 'as mais vivas felicitações pela coragem e heroísmo demonstrados', só que entretanto alguém o terá avisado que talvez fosse de mudar a letra, desta vez, que a música era outra. E assim foi.

 

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