Gatos e Cães
E pronto, entrámos em Outubro. Para o final desta festa de aniversário do 7Vidas faltam cinco dias e alguns convidados, que fizeram questão de marcar presença com as suas palavras. A escritora Soledade Martinho Costa é um desses casos. Ex-blogger do AspirinaB, de onde saiu para criar o seu Sarrabal, com vasta obra publicada e espalhada por várias editoras, a Sol é das visitas mais regulares cá da casa, faz parte do núcleo duro, chamemos-lhe assim, aquele que eu chamaria se fosse o Bush (credo!) para reunir de emergência e dar conselhos ao mundo. Wall Street afundar-se-ia na mesma, suspeito, mas a poesia e a literatura sairiam a ganhar, disso não tenho dúvidas.
Em baixo: "Gatos e cães"
Sete vidas mais uma: Soledade Martinho Costa
Tenho encontrado um pouco de tudo neste blog: brincadeira, humor, crítica, desabafos, notícias, poemas, textos eruditos. Mas, sobretudo, encontrei um coração grande, o do seu bloguista, aberto ao Mundo, lavrando o seu protesto contra as arbitrariedades, a incapacidade de amar o próximo, a incúria, a prepotência, a maldade, a tragédia, o drama.
A tocar na «ferida» e a deixar que as palavras, uma a uma, cheguem ao leitor menos atento ou sensível aos problemas alheios. Se nos calha uma dessas palavrinhas, quem sabe se o Mundo não pode melhorar um pouco mais? Se não nos dá um pouco mais de consciência, de responsabilidade, de solidariedade? Se o egoísmo deixa de governar o planeta em que vivemos?
O Rui, brilhante jornalista, tem feito isso. Com mão de mestre. Ao despertar em mim um sorriso ou uma gargalhada quando leio os seus posts, não quer isso dizer que não atinja o alvo sempre que as suas palavras fazem assomar uma lágrima aos meus olhos.
Em ambos os casos, um bem-haja e que conte muitos aniversários! Afinal, temos quase «a mesma idade», o meu Sarrabal fez um ano no passado mês de Julho (dia 23) e o 7Vidas agora, em Setembro.
Adoro gatos. Adoro cães. Não conheço o Gastão. Nem tenho o gosto de conhecer pessoalmente o dono do Gastão. Por email e por telefone, sim. A blogosfera tem destas coisas. Apenas conheço de longa data as sete vidas dos gatos. Uma de cada vez. Morrendo e renascendo. Embora rejeitando. Dizendo que não. Que não é mais possível. Que não se é capaz. Mas voltando sempre à vida mesmo depois de sete mortes. Para viver outras sete vidas, como os gatos.