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Sete Vidas Como os gatos

More than meets the eye

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Sete Vidas Como os gatos

30
Out08

Senhoras e senhores: mais difícil ainda!

Rui Vasco Neto
30
Out08

A criativa idade

Rui Vasco Neto

Tanto quis comentar este post que acabei por não o fazer. Às vezes é assim, a perfeição é a utopia dos tolos. E tanto adiei, tanto adiei que os dias foram trazendo novos assuntos e o post foi decaindo no template aspirínico. Hoje tornei a ler aquela picardia deliciosa, generoso convite à reflexão sobre a mãe de todas as forças da alma, a criatividade. E confirmei o sabido: é das imperdíveis, esta conversa. Fazendo bengala da previsão de André Malraux que vaticinava um século XXI religioso, (vá lá, seja, espiritual)valupi caminha sobre águas paradas ao dizer que 'vivemos em ilhas de sentido rodeados por marés vivas de caos', só para ver se a gente entende este milagre que nos explica podermos e devermos ser. O homem explica-se bem, que diabo, sustenta até o que diz. Criativos somos invencíveis, imbatíveis, sobreviventes. Não necessariamente vencedores, digo eu já agora, que esse tipo de millagre já vai depender de quem nos carimba e formata para projecção na pantalha oficial. E isso já tem dias, e uns, e outros. É outro assunto. Mas quero acreditar que só criativos viveremos inteiros e campeões aos olhos desse tal Deus que Malraux errou ao prever omnireinante no coração dos homens deste século. Mesmo que morramos disso.

 

adenda: 'Rui, a frase não é do Malraux, diz ele', recorda valupi aqui nos comentários,

mea culpa que, sabendo, me terei explicado mal.

30
Out08

Justiça para monstros

Rui Vasco Neto

Existe uma imensa margem, feita do equívoco mais grosseiro, entre estar absolutamente contra o legitimar da tortura enquanto instrumento de interrogatório e estar a favor de Leonor Cipriano, absolutamente ou não. A defesa dos cinco acusados de Portimão está a usá-la toda a seu favor, na esperança de que, ao lembrar quem está a acusar, consiga fazer esquecer quem é acusado, nem que apenas pelo tempo suficiente para garantir a absolvição do tribunal. O truque é fazer Leonor brilhar, dar todo o espaço à sua queda natural para cair e de caminho puxar pelo sebo da sua pessoa, onde há muito ranço por onde escolher, do biológico ao psicológico, onde tudo é ilógico e por isso lógico. Se Leonor for uma chapada para o país o país passa a perceber as chapadas dadas em Leonor, tem lógica ou não tem? Pergunte ao seu coração, só para si e guarde a resposta. Eu não a quero saber. «Quem pode defender uma pessoa assim?», perguntará o preconceito. «Mas quem diabo está a defender uma pessoa assim ou assado?», responderá quem pensar um instante apenas, dois para os lentos, até três é recuperável. Vejamos.

 

É legítimo usar tortura para arrancar confissões a suspeitos de crimes, por mais suspeitos que sejam os suspeitos e por mais horríveis que sejam os crimes? E é o critério do investigador que decide quem é quem, fazendo escola na aplicação do mesmo barro à parede do mais culpado dos culpados, tal como à parede do mais inocente de todos os inocentes, pela lei da vida? Ou o investigador nunca erra, é infalível? Ele sabe, ele cheira, ele tem a certeza, ele sente? Ele aposta que é culpado, deixem-no só trabalhar? Então e se errar só uma vez, como é, conta ou não conta? Tenha paciência? E se forem só duas? Duas vezes paciência? Por ano, por mês, por dia? Quanto é muito, em tortura? E até lá, até ao muito, é nada? Onde se traça a linha, à quarta, quinta, vigèsima chapada? Ou ao terceiro pontapé? Pronto, vamos já directos à pergunta do milhão de dólares. Digam-me, por favor, que eu quero, preciso compreender: a partir de onde passa a ser aceitável, desejável, permitido soltar o Gonçalo Amaral que há em nós quando e se deixados a sós com alguém muito, muito mas apenas suspeito de ser o autor da violação sádica de uma criança? Que até onde eu sei: até confessar.

 

Olho para Leonor Cipriano e controlo a náusea. Entrevistei criminosos em meia dúzia de cadeias, que me lembre, (com especial destaque para Vale de Judeus onde um chefe de guardas foi alegadamente suspenso porque eu entrei vestido de freira para ver o Padre Frederico, dizem, uma das histórias mais deliciosas da minha vida profissional e que um destes dias conto, está prometido) e poucos ostentavam um ar tão culpado como estes dois que acabei de citar, Leonor e Frederico. Os dois nasceram com ar de culpados, cara de culpados, pose de culpados, vida de culpados e seguramente o serão, se o forem, no mais tenebroso dos patamares do pior dos infernos na terra: a alma humana quando nasce podre. Devem pessoas assim ser confessadas a soco pela polícia? Tem mesmo que haver justiça para monstros?

 

Acredito que na falta de provas e perante uma convicção profunda, apenas comprovável por confissão do próprio suspeito, muito interrogador perca a cabeça e erre, uma vez, várias vezes até. É humano que assim seja, perfeitamente humano. O que é desumano é aprovar o erro e ainda bater pala e palmas, mesmo que ambas discretamente e em nome da Justiça. Porque essa, nesse dia, simplesmente deixa de existir.

 

29
Out08

Foram Dardos, pelas prosas

Rui Vasco Neto

Ainda pondo a escrita em dia relativamente aos dias da passada semana, em que o 7Vidas andou meio devagar e com paragens frequentes, tipo IC19 às oito da matina, importa referir que recebi por mail a informação de que este blog tinha sido agraciado com o Prémio Dardos, distinção que agradeço algures entre a convicção de que houve um engano de simpatia e a suspeição de que não mereço tanto, na certa. É que veio junta a informação de que o referido Prémio 'se atribui em virtude dos "valores culturais, éticos, literários, pessoais, e outros que, em suma, demonstram a sua criatividade através do pensamento vivo.", pelo que me compreenderão a surpresa, estou certo.

 

Ao Paulo Colaço e a toda a equipa do Psicolaranja (que é grande, catorze-feras-catorze, nada menos, muita inteligência à solta em textos de inegável qualidade) quero aqui deixar os meus sinceros agradecimentos pela lembrança e pelo reconhecimento. E dedicar-vos o título deste post, (algo mouraguético talvez, mas verdadeiro, espero), que de melhor não sou capaz. Com um forte abraço a todos.

29
Out08

Temos homem. Temos homem?

Rui Vasco Neto

Entre figuras e figurões, o ramalhete de homens sérios que dão rosto à Justiça nacional ganhou hoje novo caule, com a indigitação de Mário Varges Gomes para Inspector-Geral da Administarção Interna, um cargo onde o cunho de Rodrigues Maximiano deixou memória digna e nunca verdadeiramente superada, seja em termos de eficácia, visão ou princípios. Juiz desembargador no Tribunal da Relação de Lisboa, Varges Gomes irá agora suceder a Clemente Lima, outro desembargador que, a acreditar no que foi divulgado pela imprensa com base em fontes não identificadas já terá 'manifestado intenção de cessar funções' , dizem. Pois nesta altura de apresentações, em que o país mira atento o passo de chegada do novo IGAI, não será de todo descabido referenciar Varges Gomes como o desembargador-relator do acórdão que sufragou a decisão de não pronúncia de Paulo Pedroso, por exemplo, opinião em que foi acompanhado por Mário Morgado, outro juiz que também já desempenhou funções de confiança política do governo socialista: foi director nacional da PSP. 

 

Em cima da hora e da notícia vale a pena ler, a propósito, 'A independência dos juízes', uma reflexão com a qualidade habitual da Grande Loja e cuja leitura integral eu recomendo vivamente. Foi lá que fui buscar estas palavras, para fecho de conversa. "Traço comum a estes altos funcionários que foram e são magistrados? Uma ligação óbvia ao poder político, por motivos ideológicos ou simplesmente clubísticos, de amizades chegadas e objectivamente promíscuas. Basta ler os comentários na noticia do Publico, anónimos e de má língua, cobardes, como os imprescindíveis gostam de caracterialmente assassinar , para perceber algo de gravidade indiscutível: Varges Gomes é de clube secreto? Aparentado? Próximo? Mesmo que o não seja, onde reside a sua reserva essencial de independência no acto de julgar , exigível como mínimo imprescindível a essa função nobre, tendo em vista tantas ligações, objectivas e indiscutívieis, ao poder político?"  São boas perguntas, convenhamos. Assim viessem as respostas, logo que possível.

A nomeação do novo IGAI deverá tornar-se efectiva a 12 de Dezembro próximo, o dia escolhido para a confirmação oficial da escolha do Ministro da Administração Interna para este cargo de confianças, pessoal e política, numa área de especial sensibilidade e delicadeza como é aquela que a partir de agora terá a supervisão de Mário Varges Gomes. Esperemos.

 

29
Out08

Até .............zzzzzzzzzzzzzz..................... já?

Rui Vasco Neto
29
Out08

Sente-se bem?

Rui Vasco Neto

Não é a primeira vez que me sinto meio adoentado depois de ler ou ouvir o que Carlos Enes escreve sobre a Saúde em Portugal. Porque ele não sabe o que diz? Não, exactamente pelo contrário. E ainda mais porque documenta trabalhos como este, por exemplo, muito para lá do ponto da mera contestação porque sim. E isto deixa-me doente, confesso. A si, não?

28
Out08

Vila Franca do Campo

Rui Vasco Neto

Se bem se lembram, iniciámos aqui uma viagem pelos caminhos mágicos da ilha de São Miguel, guiados pelo verbo superior do meu amigo Daniel de Sá (este garboso pedaço encanecido que agora podem contemplar a cores nesta foto, roubada de noite ao blog da nossa amiga Cris, se quis uma). Pois bem, está mais que na hora de retomar a marcha interrompida e recuperar o embalo destas palavras que serão brevemente editadas em livro pela Ver Açor. Já fomos do Nordeste à Povoação, agora é tempo de conhecer Vila Franca do Campo pelos açorianos olhos deste autor de rara sensibilidade, em mais uma etapa desta viagem de puro prazer. Um prazer muito particular, neste caso e para mim. É que falta aqui dizer que a Vila é minha, toda minha, pertence por inteiro à paixão mútua que nos une, a mim e àquela terra onde moram os irmãos que escolhi ter. E onde passei momentos da mais pura felicidade, sob o olhar vigilante da Senhora da Paz. Mas pronto, eu cá não sou egoísta nos amores, fiquem à vontade e apreciem a vista privilegiada que se tem daqui, debruçados na escrita deste senhor da fotografia. O gajo. O tal Daniel.

 

Em baixo: "Vila Franca do CampoAo princípio foi aqui"

Sete vidas mais uma: Daniel de Sá

 

 

Há coisas e animais que estão na paisagem como se fizessem parte dela desde o princípio do mundo. Ou como se fossem o que resta do paraíso terreal: Árvores em fila indiana, no horizonte, sobre uma linha de festo, como desenhos infantis. Coelhos assustados atravessando a estrada em busca da refeição vespertina. Melros, sem pressa, recolhendo ao lusco-fusco. Pequenos núcleos de casas antigas em contracena com a paisagem...

 

Há um destes lugares que o viajante sempre entendeu assim, desde a surpresa da primeira vez que o avistou, de súbito revelado, depois de uma curva da estrada. O lugar da Praia, na freguesia de Água de Alto. Uma vintena de casas, talvez nem isso, entre duas ravinas que ladeiam a ribeira que escoa a água excedente da lagoa do Fogo. Não poderia haver melhor postal de boas-vindas para quem entra, pelo Poente, no concelho de Vila Franca do Campo.

 

Vila Franca, o município primaz da ilha. Na costa Sul, onde houve a primeira povoação, a primeira vila e a primeira cidade. Mas nem a primeira povoação foi a primeira vila, nem a primeira vila foi a primeira cidade. A primazia de Vila Franca do Campo perder-se-ia nas ruínas em que a transformou quase por completo a enorme derrocada de terras provocada pelo terramoto de 22 de Outubro de 1522. Faltava-lhe pouco tempo para completar meio século como vila e cabeça de toda a ilha de S. Miguel.

 

Depois da tragédia, foi preciso começar de novo. O viajante entra, sempre que pode, na bela matriz. Símbolo desse recomeço, dessa vontade de permanecer no lugar a que o coração se apegara. Símbolo porque foi reconstruída à semelhança do templo soterrado em lama. E porque expressa a crença de que os homens não se sentiam sós na desolação daquele vale de lágrimas. A torre e a fachada fazem lembrar a velha e ascética arquitectura românica, com uma incrustação de gótico a bordar a porta. Dentro, uma sucessão de altares e elementos decorativos que podem julgar-se um excesso ou um delírio. Mas que são um extraordinário espectáculo estético e místico. E à sua volta fez-se uma vila airosa e arejada, com ares de Renascimento nas proporções e no traçado das ruas.  O pouco que restou depois da terrível subversão foi para os lados da freguesia de S. Pedro, onde se construiu logo depois da catástrofe uma ermida dedicada a Nossa Senhora do Rosário. E talvez tenham sido as orações nela rezadas que estiveram na origem das Romarias quaresmais.

 

Como quase sempre e em qualquer parte na Europa, foi a arquitectura religiosa o melhor que Vila Franca herdou dos séculos passados. Porque então os homens ainda não tinham substituído Deus por outros deuses menores. Em frente da matriz de S. Miguel Arcanjo, permanece o testemunho da caridade cristã no hospital da Misericórdia e na igreja anexa do Espírito Santo. Aqui se venera a imagem do Senhor Bom Jesus da Pedra, que tem uma das maiores festas da ilha, no último fim-de-semana de Agosto. As madeiras do que resta do convento de Santo André – a igreja e o locutório – têm o cheiro de quatro séculos de história. E a ermida de Nossa Senhora da Paz é um lugar de peregrinação dos crentes ou dos simples amantes das grandes paisagens. Mas uma árvore também pode ser um monumento. Como o dragoeiro plantado no dia em que se casou o rei D. Luís, seis de Outubro de 1862. No jardim enquadrado pelos Paços do Concelho, pela igreja matriz e pela Misericórdia.

 

A zona urbana do concelho é um caso único em S. Miguel. As suas freguesias ligam-se praticamente umas às outras. Encostada à vila, e para nascente, está a Ribeira Seca, depois a Ribeira das Tainhas e, na continuação, a Ponta Garça. O comprimento desta, a mais populosa das seis, é famoso em toda a ilha. Mais de uma légua de extremo a extremo. O que faz com que a procissão da padroeira, Nossa Senhora da Piedade, alterne em cada ano o percurso, que uma vez se faz para Nascente e outra em sentido oposto. De S. Pedro, e na direcção do Poente, entra-se logo em Água de Alto.

 

Tudo lugares que merecem do viajante um olhar sem urgência. E com praias muito concorridas por perto. A da Vinha da Areia é local não apenas de banhos mas de grandes festivais de música. A piscina do ilhéu da Vila, um círculo quase perfeito, é um prodígio da natureza. O que resta da cratera de um vulcão extinto, a um quilómetro da costa e com 150 metros de diâmetro. O conjunto, que inclui o mar circundante, é reserva natural. No Verão, a praia de Água de Alto enche-se de gente que mal deixa livre um palmo de espaço. No Inverno, é um idílico oásis de areia entre a imensidão da água do mar e o persistente verde da terra.

 

(texto inédito a ser incluído em livro a publicar pela Ver Açor.)

 

28
Out08

E tudo o vento levou

Rui Vasco Neto

Sim, está vento. Está vento com’a porra, diz-se por estas bandas onde o soprar divino vem batendo os noventa e cinco quilómetros por hora, noventa e cinco quilómetros por hora, vai por extenso e duas vezes para que melhor sintam a ventania que me leva o chapéu e estraga a pose dez vezes por dia, contas por baixo. Já cá se sabia que Deus tem sentido de humor, afinal criou a mulher, era por isso desnecessário pandegar com o meu chapéu. Mas sempre areja as ideias, dirão os mais engraçadinhos. E digo eu que sempre faz notícia da desgraça, quase sempre de dor anónima, o que também é um ponto de vista. E assim dizendo coisas vamos conversando, o que vem sendo raro nos últimos tempos, lamentavelmente. Bons ventos tragam então os bons hábitos também de volta.

 

Regresso a Portugal mesmo a tempo de conhecer uma nova estrela dos telejornais, cintilante e emergente na galáxia ‘Cláudio Ramos’ das celebridades nacionais (há outras galáxias, montes delas, são  quase mais do que as celebridades propriamente ditas). Trata-se de um tal Gonçalo Amaral, ex-inspector da PJ que se distinguiu por numerosos insucessos de investigação (com natural destaque para os casos Joana e Maddie McCann) prestação que, junta a umas quantas chapadas nos interrogatórios que não foi possível ocultar, ditou a sua guia de marcha daquela força policial com carimbo ilegível, qualquer coisa algures entre a incompetência e o abuso de poder, tudo mais o desbocanço arrogante que lhe apura o estilo caceteiro e o revela nascido para a fama.

 

Ambos agora à solta, ele e a língua, deram entrada no estrelato civil pela porta já usada pelo insubstituível Moita Flores, esse comentador 3,4,5,6 em 1, espécie de Black&Decker do gorjeio especializado, sequim d’oiro do bitaite que vai à televisão. Pois Amaral para lá caminha a passo seguro, distinguindo-se já pela prosa esmerada onde julga e condena sumariamente tudo e todos, numa abundância de bílis que se mistura com o sangue habitual nas páginas do não menos mau 24Horas, numa parceria que ameaça piores dias, quase garantidos. Antes porém publicou um livro que traz o desaparecimento de Maddie contado às crianças e aos estúpidos que fazem o Estado português, uma edição com o sucesso comercial que se adivinhava. E hoje, como ontem e desde que começou a ser julgado por ter espancado e/ou autorizado e ocultado o espancamento de Leonor Cipriano nas instalações da PJ de Portimão que supervisionava ao tempo, fez a abertura dos telejornais desde a manhã.

 

Com ele sentam-se no mesmo banco dos réus mais quatro elementos da PJ envolvidos nas agressões brutais. A estratégia da defesa, comum aos cinco acusados, é que Leonor mente como terá mentido antes sobre a morte da filha. Quanto às fotografias que documentam as agressões, onde a mulher que cumpre prisão pelo homicídio da filha Joana aparece negra e moída de pancada, alegam os advogados dos réus que se tratam de falsificações e ao fazê-lo conseguiram que a acusação se veja obrigada a provar o contrário, diligência que esta se apressou a prometer cumprir. Eu cá já nem falo na subversão total da responsabilidade do ónus da prova que representa este advogar circense, nem discuto a possibilidade da falsificação porque outros o estarão a fazer, abundantemente. Só gostava que alguém me explicasse se a directora da cadeia de Odemira, que ordenou a sessão fotográfica e apresentou queixa dos responsáveis pelo interrogatório de Leonor na mesma hora em que a viu chegar da tal sessão de perguntas naquele estado, também está a mentir. Isso eu gostava de perceber, não só por não gostar do estilo de Gonçalo Amaral mas sobretudo por não gostar de olhar para o banco dos réus, de um lado, e para Leonor Cipriano, do outro, e ver afinal a culpa tão mal sentada naquele tribunal.

 

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