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Sete Vidas Como os gatos

More than meets the eye

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Sete Vidas Como os gatos

29
Mai09

Mais um

Rui Vasco Neto
29
Mai09

Cavaco, doce metáfora

Rui Vasco Neto

Cavaco Silva está hoje em Aveiro, 'terras de ovos moles mas gente rija', como definiu um Presidente bem disposto e finalmente desenvolto no papel de estrela da companhia. Ontem esteve no Jardim Zoológico, que fazia anos, e aí fez questão de partilhar com a comitiva aquela determinada vez, em África, em que esteve rodeado por uma manada de búfalos, o perigo da situação, o que ele disse, o que disse D.Maria, o que fizeram os dois, enfim, todos os detalhes da aventura na savana servidos ao país em tom de memória de avô. E hoje seguiu afoito, explicando a quem o escutava em Aveiro, devagar e com gestos, que 'a hóstia que recebe os ovos moles tem de ser cortada a direito', qual pai-nosso que pacientemente se ensina ao cura. E a assistência bateu palmas, o que é costume, mas com prazer, o que já não acontece tantas vezes, reconheça-se. Cavaco esteve bem.

 

Pois eu que ainda sou do tempo do Almirante da primavera, eu que em liberdade já os vi com e sem monóculo, sisudos a fazer piscinas no palácio, risonhos a palhaçar em cima de uma tartaruga ou simplesmente soporíferos com os seus discursos, eu que me lembro do Cavaco da Figueira da Foz e que daí para cá tanto escrevi sobre a sua manifesta falta de jeito para abrir a boca, com ou sem bolo-rei lá dentro, não posso em consciência deixar de tirar o chapéu a este homem novo que aparece a viver um estado de graça para o qual muito andou e trabalhou, reconheça-se. Não gosto mais, não gosto menos, penso igual do político e das suas ideias. Mas lá que Aníbal Cavaco Silva é hoje um caso ímpar no panorama dos servidores públicos e da política nacional, isso é algo que reconheço sem esforço e até com algum prazer, na doce metáfora: uma espécie de hóstia, entre ovos moles, para cortar a direito, será?

29
Mai09

Ainda a grande martelada do senhor doutor juiz Gouveia de Barros

Rui Vasco Neto
27
Mai09

O possível, o provável e o evidente.

Rui Vasco Neto

É possível que o Dr.Gouveia Barros, o senhor doutor juiz que recentemente mandou a pequena Alexandra para a russa que a pariu, seja até um profissional competente e mesmo uma pessoa de bem, em termos pessoais e humanos. Isso é possível, claro que sim, porque afinal tudo é possível. Tal como é também possível que aquele magistrado tenha avaliado o caso da pequena Alexandra sem considerar todas as implicações futuras da sua decisão na vida daquela criança, também isso é possível, claro que sim, porque afinal tudo é possível, certo?

 

As possibilidades são assim mesmo, imensas, inúmeras, incontáveis, porque afinal tudo é possível neste mundo onde as pessoas têm filhos porque fazem sexo, embora na maior parte das vezes até nem façam sexo para ter filhos, simplesmente acontece e pronto. Tal como depois acontecem estes dramas humanos a que asistimos como quem assiste à novela das oito e ao filme das nove, quase como se fosse a mesma coisa ou muito parecido. São assim mesmo as pessoas, confundem as coisas, é natural. Mas não deviam ser assim os juizes, já que têm treino e formação para distinguir o trigo do joio, supostamente, pelo menos. Este senhor doutor juiz também deve ter essa capacidade, é possível que a tenha, porque tudo é possível, claro. Mas uma coisa é certa, para lá do que é possível ou não: as imagens que o país teve oportunidade de ver da pequena Alexandra a levar umas palmadas porque se atreveu a dizer o que a russa que a pariu não queria ouvir são um sinal inequívoco daquilo que vai ser o futuro daquela criança, diga o senhor doutor juiz o que disser, hoje ou amanhã, sobre a sua decisão de ontem. Porque tudo é possível, é certo, menos os milagres, que continuam a ser improváveis. Para não dizer impossíveis, evidentemente.

 

27
Mai09

Tarde piaste

Rui Vasco Neto
21
Mai09

Baralhar e voltar a dar

Rui Vasco Neto

É um exercício interessantíssimo, muitas vezes com resultados surpreendentes, até. Já não sei quando nem como começou esta private joke de baralhar e voltar a dar, palavras que fazem um título de notícia, por exemplo. Sendo certo que hoje a coisa sai-me já por instinto, impulso inconsciente cujos resultados práticos eu registo mentalmente sem dividir com ninguém, no mais das vezes. Agora mesmo, ao ler este título do JN, lá saltou a gracinha do costume. Ora vejam, diz o original que: «Teixeira dos Santos afasta possibilidade de descida dos impostos»;  mas eu dou por mim a considerar a hipótese de ser «Imposta a possibilidade da descida e afastamento de Teixeira dos Santos» o que até nem me parece assim parvoíce de todo, que me dizem? Que me trate, talvez?

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