(fonte: SOL)
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Agora que estão já passadas as eleições para o parlamento europeu, que os portugueses já votaram, que os partidos já falaram, que os comentadores e analistas já comentaram e analisaram tudo o que havia para comentar e analisar, agora que já estamos no lavar dos cestos não deixa de ser importante registar aqui uma nota muito especial, em jeito de balanço, sobre a qualidade e oportunidade do trabalho feito no blog 'Delito de Opinião' pelo jornalista Pedro Correia, que correu todos os programas eleitorais de todos os partidos e movimentos concorrentes só para os dar a conhecer aos seus leitores, devidamente comentados e analisados.
Tiago Moreira Ramalho, no seu 'Afilhado', já destacou e resumiu esse trabalho neste post, poupando esforço a todos aqueles que não tiveram oportunidade de acompanhar dia a dia aquelas publicações. E eu aproveito agora o embalo para sugerir a todos que não deixem de fazer esta viagem, mesmo a posteriori, por mais este brilhante trabalho do Pedro Correia na linha, de resto, daquilo que este jornalista nos vem já habituando com as suas participações em vários endereços blogosféricos. Um caso sério de competência, digo eu, enquanto bato palmas e tiro o chapéu. Que o resto é conversa.
Faz anos hoje, o meu Gastão. Cinco, cinco aninhos, benza-o Deus, "irra, que 'tá cada vez mai' lindo", penso eu de cada vez que o olho, que são muitas, muitas mesmo, acreditem, nestes quatro anos e dez meses que já levamos juntos, a todas as horas de todos os dias. Todas, todos. E é sempre a mesma coisa, acabo sempre a pensar por que raio terá sido preciso eu enganar-me em tantas mulheres para finalmente vir a descobrir o casamento perfeito com um cão, irra qu'é preciso ser burro! A moral da história salta à vista: nunca se sabe, nem onde nem quando a gente pode encontrar a verdadeira felicidade, muito menos com um cão que tem mau dormir, ressona como uma turbina, acorda com hálito de ETAR, come por quatro, caga por cinco e tem a leveza e graça de um rinoceronte quando lhe dá para o carinho. Mas pronto, seja, parabéns a você.
É um facto. Metade da riqueza mundial está nas mãos dos 2% mais ricos da população. Sim, eu disse dois por cento. E disse metade, também. Vou repetir, melhor por extenso. Dois por cento de toda a população do mundo detém nas suas mãos cinquenta por cento de toda a riqueza que existe. No mesmo mundo. Assim, bem explicadinho, que é para não haver dúvidas. Pronto, já está. Era só para recordar este pequeno pormenor. Este facto. E tudo grátis, de resto. Desejo-lhe um bom dia.
Já tem presidente eleito, o Sporting Clube de Portugal. José Eduardo Bettencourt é o novo rosto da presidência dos leões, por decisão da esmagadora maioria da massa associativa do clube, numa votação que bateu todos os recordes de afluência às urnas desde a eleição de Jorge Gonçalves. Antes de falar aos sócios, e num registo de grande emoção, José Eduardo Bettencourt cantou para todos aqueles que esperavam as primeiras palavras do novo presidente, eleito com quase 90% dos votos.
O resultado prático dessa que terá sido a primeira iniciativa de Bettencourt depois de eleito provoca em mim duas constatações, sendo a primeira óbvia para toda a gente: temos ali um homem apaixonado pelo seu clube e empenhado em dar de si o melhor neste mandato que agora começa. A segunda será igualmente óbvia, digo eu, se bem que menos animadora, talvez: é que, a bem de todos os sportinguistas e do próprio clube, há que esperar que José Eduardo Bettencourt seja melhor administrador do que revelou ser cantor. Porque em caso contrário o melhor é começar já a pensar na 3ª Divisão F, onde é certo que o clube vai acabar, com um tal canário. 'F', de fífia. 'F' de 'Bolas!!'.
Desta vez a coisa foi pensada e antecipadamente preparada para evitar a risota nacional que ocorreu o ano passado. Por isso este ano a decisão vem devidamente fundamentada, o que nem por isso significa que venha correcta, embora seja já um facto consumado: as massagens corporais encontram-se proibidas em todas as praias do país, norte, sul e ilhas. Este ano, nenhum concessionário em nenhuma praia do país poderá oferecer massagens no areal. Não porque ninguém saiba "como acabam" estes momentos de relaxamento e prazer, como chegou a justificar em Julho do ano passado o então comandante da Zona Marítima do Sul, Reis Ágoas.
Desta vez não é o pudor que está em causa, mas motivos de "saúde pública", nada menos. Perante as dúvidas geradas no ano passado, a Capitania de Faro decidiu pedir um parecer à Administração Regional de Saúde do Algarve. A resposta chegou no final do Verão de 2008 e é a que se mantém por agora. "Nenhum dos diplomas prevê o exercício destas actividades sem ser em local próprio, com requisitos específicos e devidamente licenciados, o que não se coaduna com a prática em espaço balnear", lê-se no parecer. Ou seja: mãozinhas quietas na praia, rapaziada. Mirar por enquanto é sem coima, mas consta que estão já a caminho uns avisos iguais aos das pastelarias, 'é favor não mexer nos artigos expostos', que podem até vir a ser obrigatórios nos bikinis ou evoluir para tatuagem. Mas para já vigora a ordem, sem apelo e com fiscalização: na praia não há massagens para ninguém!
É notícia do 'Correio da Manhã' de hoje, em parangonas de capa: «Bébé morre em fila de Hospital». Arrepia, só o título. Mas pior é o desenvolvimento, naturalmente, os pormenores macabros que fazem a história desta morte estúpida à porta dessa coisa estranha (não menos macabra, de resto) que é o Serviço Nacional de Saúde. O caso aconteceu anteontem em Monção, Viana do Castelo, mais exactamente em plena sala de espera do Centro de Saúde local, onde se escoou o futuro de um bébé com menos de um mês de vida. Chamava-se Miguel Simão e tinha apenas 29 dias de existência. Anteontem, pelas 19h00, morreu no colo do pai quando este esperava na fila do Serviço de Urgências do Hospital de Viana do Castelo. A ira dos pais de Simão, José Miguel Cerqueira e Sónia Maria Domingues, tem como alvo uma médica do Centro de Saúde de Monção, onde o bebé esperou, com os pais, mais de três longas horas. Três horas passadas, desde que chegou até que partiu, para sempre, sem que alguém lhe tivesse dado a mínima atenção. Quem foi que disse, quem foi, que a indiferença não mata?
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