No dia em que o rei fez anos...
... houve arraial e foguetes no ar, dizia a canção no tempo em que o Zé Cid era o Nick Cave possível. Pois hoje não houve arraial cá na casa mas quase, que o nosso Gastão completou a bonita idade de 7 anitos e a festa foi merecida, mais de dois mil e quinhentos dias passados ao meu lado, é obra. E quando digo ao meu lado é mesmo literalmente ao meu lado, quase todas as vinte e quatro horas de cada dia, como sabem os próximos e mais toda a gente por esse país fora que fez connosco todas as horas de todos os dias destes nossos últimos seis anos e meio a par e passo. Como sabem os meus, na ilha de S.Miguel em geral e em Ponta Delgada em particular, essas ruas e caminhos que palmilhámos sempre juntos durante mais de dois anos e onde confirmámos a aprendizagem da nossa... huum... relação, pronto. Sim, a nossa relação, assumo, fosse eu o Herman e diria sem medo que foram precisas paletes e paletes de gajas para finalmente vir a descobrir a companhia perfeita, lamentavelmente com pila e pelo, diga-se. E quatro patas.
Sete anos, quatro patas, nenhuma patada, nem uma só para amostra; um recorde que desafia qualquer relação por mais perfeita que seja. E a nossa não o é, garanto-vos, temos os nossos altos e baixos como qualquer casal, sei lá, ele dorme no tapete com a mesma frequência que alguns amigos meus, por exemplo, e por mais de uma vez já ficou a dormir na rua por razões que até o olfacto menos apurado entenderia, coisa que já acontece menos entre a malta minha amiga, pelo menos por este motivo em concreto. No resto somos como todos, cada um com o seu gosto em particular, eu não ligo nenhuma às àrvores que ele não dispensa e ele não passa cartão às mulheres que eu já devia ter dispensado, se tivesse um dedo de juízo. Que não tenho, dizem, e aí está a prova neste parceiro que escolhi para o meu dia a dia e que ressona nas minhas noites, esta espécie de certificado oficial de pancada que tem um peso indiscutível: 50 kilos.
Sete anos. Credo, sete anos! Sete anos todo o terreno, mar, terra, ar, na fartura e na pobreza, na saúde e na doença, mal, bem, assim assim... juntos por toda a parte, que diabo, até ao cinema já fomos os dois. Sete anos de aventuras já passados e muitos ainda por vir, espero eu. Talvez um nadita menos aventurosos não fosse má ideia de todo, afinal eu posso estar para aqui um jovem mas o meu Gastão já nem tanto, enfim... Só por isso, claro.
(para mais tarde recordar aqui ficam as imagens do bolo e dos 32 segundos que a festa durou...)